Por onde andavas, há tempos te procuro. Agora que te encontrei, tens que ir embora? Talvez tivesse sido melhor nunca ter estado contigo, nunca ter partilhado seus momentos e nem mesmo os meus. O pesar que carrego em meu peito é tão intenso que o sinto explodir. O sinto arrebentar-se e espalhar-se em milhares de pedaços. Mas não há tempo para junta-los e se o faço remendo-o e jamais o terei de mesma forma. Mal chegaste e já me despeço. Vivi contigo verdades impensadas e muitas vezes por mim questionadas. Situações indagáveis, das quais jamais olvidarei. Realidade, virtualidade ou simples sonho? Como aquele de Ícaro? Mas até que ponto foram funestas as minhas pretensões ou ambições, e se o foram, eram tão elevadas assim? Aponto de aproximar-me do sol, ter minhas asas derretidas e ser lançado ao mar... Mas se sou espargido no mar, sinto-me imenso e em toda essa minha extensão fico mais próximo de ti, te encontro, te tenho, te sinto... E assim deleito-me com o nosso reencontro. Ou pelo menos com a possibilidade dele ser real.
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