sábado, 28 de março de 2009

Aos vinte e uns.


Aos vinte e uns percebi que não sou o centro das atenções
Mas que também não estou à parte dele.
Aos vinte e uns tenho mais cautela
Sendo assim substituir o asco.
Aos vinte e uns sou autodidata, disjunto.
Mas não auto-suficiente o bastante para procurar apoio.
E não sou fraco por isso.
Aos vinte e uns, prefiro ficar na minha, no meu canto, cuidar da minha vida.
Mas não quero viver pra mim, neste egoísmo igualitário que consome a humanidade.
Aos vinte e uns sou cabal, sabe, sou a totalidade.
Mas não o suficiente para ser pleno. Aos vinte e uns preciso de mais.
Aos vinte e uns preciso de mais de mim, mais de vocês.
Mais de Deus, mais de água, de comida...
Aos vinte e uns quero menos. Menos problemas, menos preocupações.
Só o suficiente para aprender com eles e ultrapassá-los.
Até aqui tenho conseguido.
Enfim, aos vinte e uns sou eu. Na forma simples e mais complexa.
Sendo vezes o côncavo, vezes o convexo. Às vezes sendo o avesso.
Ou simplesmente o verso.