quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Tempo.


Se tivesse sobrado um pouco mais de tempo naquele dia, talvez eu tivesse chegado a tempo. Se o tempo não passasse tão rápido, talvez eu tivesse encontrado aquela pessoa. Se eu chegasse mais cedo, te veria partir. Mas infelizmente não tenho como segurar o tempo. Mas e se eu soubesse aproveitar o tempo que tenho? Afinal o tempo é um só, nascemos sabendo que ele não nos espera. Adaptamos-nos aos seus comandos, às tuas cobranças. Adaptamos-nos à tua contagem, ora longa, ora curta. Mas eu já sabia que era assim... seu eu tivesse prestado mais atenção no tempo que eu tinha. Se, se, se... Acho que o tempo que eu tenho não me permite tantos “ses”. Já sei! Vou substituí-los. Sim. Vou substituir os meus “ses”. Vou aproveitar o tempo que tenho, falar o que quero que eles saibam, naquela hora, nem um minuto a mais, nem um minuto a menos. Vou encontrar aquela pessoa hoje. Vou fazer o telefonema agora, estão esperando que eu ligue. Mas e se sobrar tempo, o que faço? Vou ficar no ócio? E... Lá vem os “ses” de novo. Não existe ócio quando se sabe aproveitar o tempo que se tem. Saber viver é saber aproveitar cada dia, usando cada hora, aproveitando cada minuto, sem desperdiçar nenhum segundo. Descobri que o tempo não é o meu “Senhor”, que eu não sou seu escravo. Mas pelo contrário, somos cúmplices. Sim, cúmplices daquilo que aproveitamos, ou não.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Eu me permito.

Durante toda a nossa vida passamos por várias fases e não digo somente às fases que compõem a evolução humana: nascer, crescer, se desenvolver, reproduzir, envelhecer e morrer. Não vai muito além. Eu colocaria aí: cair, levantar, se machucar, chorar, se alegrar, vencer, perder, bater, apanhar, gritar, calar, ser ingênuo, ser esperto e por que não ser irresponsável. Sim ser irresponsável. A cada fase nos é permitido ser, fazer ou se comportar de uma determinada maneira. Mas e quando pulamos, ou simplesmente não nos permitimos e pior ainda, não nos permitem viver uma dessas etapas? Creio que passamos o resto de nossas vidas nos sentindo incompletos, vazios ou mutilados. Por isso eu me permito... Permito-me por um dia, ou até mesmo um final de semana, ser irresponsável. Sair sem rumo, sem preocupação, sem dar satisfação. Eu me permito desfrutar de coisas simples e fazer destas ditas “coisas simples” algo inesquecível. Eu me permito até arcar com as conseqüências dessa irresponsabilidade fora de hora, de tempo, fora de fase. Mas em primeiro lugar me permito não me preocupar. Pelo menos não agora. Agora eu me permito viver.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Certos Momentos

Existem momentos interessantes em nossas vidas. Na verdade, creio que nossa vida já seja algo muito interessante. Tendo em vista quantas coisas fazemos ao mesmo tempo em que lutamos contra as intempéries do destino, ao mesmo tempo em que buscamos ultrapassar as barreiras impostas em nossos caminhos. Quando ao mesmo tempo em que tentamos dormir, pensamos no dia seguinte, acordamos para acalentar o filho que chora e em quanto o ninamos já estamos na beira do fogão preparando o mingau diurno para alimentá-lo. Ao acordamos choramos e nos alegramos ao mesmo tempo. Choramos por pensar demais nas dificuldades enfrentadas até ali e que ainda virão, mas nos alegramos por termos conseguido vencê-las até aqui e ainda termos a oportunidade de continuar as enfrentando no decorrer do novo dia. Disse a uma amiga hoje que tenho aprendido a me alegrar com coisas mais simples: pôr do sol; bate-papo com amigos; a gargalhada contagiante de uma criança. Logo depois percebi que nenhumas dessas coisas são tão simples assim. Por exemplo: o sol leva em média uma hora para se pôr, existe aí toda uma evolução e transição da natureza no processo do anoitecer. O bate-papo com os amigos também é um processo um tanto complexo: aprender a escutar; aprender a calar; saber quando e o que falar; reparar nas feições de quem fala e de quem ouve; além de suas reações fazendo com que fique bem claro que cada palavra proferida por qualquer um deles é muito importante. E a gargalhada (especialmente de uma criança) durante as duas últimas décadas, foram realizadas, no mundo inteiro, pesquisas com o objetivo de demonstrar que a gargalhada, o sorriso e a risada têm impacto positivo em vários sistemas do corpo. Por isso, segundo se comprovou, a prática da gargalhada pode ajudar a afastar os efeitos negativos provocados pela tensão e pelo estresse, principais vilões dos nossos dias. Por isso é melhor começar a prestar mais atenção se as coisas são realmente tão simples quanto parece, pois, certos momentos podem ficar marcados para sempre, basta que estejamos vivendo os momentos certos.